sexta-feira, 24 de abril de 2015

Leituras


Acabado que foi, com extremo proveito, o livro de G. Steiner, iniciei já a leitura do livro em imagem que, o meu amigo H. N., gentilmente, também me emprestou, depois de o ler. O gesto, em si, é uma garantia antecipada.
Sentimentos contraditórios, no entanto, me atravessam - ignorado que foi o prefácio, parcialmente, que pouco vale ou acrescenta -, logo nas primeiras páginas: vou na trigésima terceira, das 403 de texto.
Agrada-me o estilo (elegante, sóbrio, com períodos curtos), algumas histórias da pequena história que, com insuficiente e prático conhecimento, me fazem concluir que a vida de um diplomata, muito raramente, tem riscos; as mais das vezes, benesses e muito tempo livre de lazer. Mas, ao mesmo tempo que deslizo, com gosto, pelas páginas fluidas e vaporosas, irrita-me também, um pouco, o tom sobranceiro (que não chega a ser elitista, inteligentemente), e alto, do contador. Mas não se pode ter tudo: sol na eira e chuva no nabal...
Retenho uma frase, do que já li - "Ninguém envelhece bem, envelhecer é cruzar-se com o rancor."  Lembro-me (excepção?) de uma velhice exemplar e simpática, a que assisti. O contrário pode existir.
E, talvez incomodamente, me sinta dividido, na prossecução da leitura, como a raposa perante as uvas, na fábula de Esopo. Que se me aliviem os pecados, em função da auto-crítica que faço, por aqui.

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