domingo, 26 de abril de 2015

Faça, você, a sua!


Não consigo descortinar o que leva um escritor ou um artista, até mesmo, um simples ser humano a elaborar listas de preferências ou de gosto. Alberto Manguel tem, por exemplo, várias. Listas que, por sua vez, exercem uma certa atracção e curiosidade nos outros e que são, muitas vezes, um estímulo para que eles formulem as suas, também, mesmo que silenciosa e intimamente. Talvez num esforço ou para proclamarem a sua identidade e diferença.
Marcello Duarte Mathias (1938), embaixador aposentado, não foge à regra, na sua obra Diário de Paris/2001-2003 (Oceanos, 2006).
A sua lista de "Perfis marcantes da história de Portugal" contém, entre outras, as seguintes personagens:
o mais temível: o marquês de Pombal;
o mais desprezível: Cristóvão de Moura;
o mais cativante: Luís de Camões;
o mais espalhafatoso: o duque de Saldanha;
o mais vaidoso: António Spínola;
o mais lúdico: António Botto;
o mais pessimista: Oliveira Martins;
o mais poliédrico: Almada Negreiros;
o mais triste: D. Manuel II;
o mais enigmático: Fernando Pessoa;
o mais senhoril: Óscar Carmona.
Partindo do princípio que tudo isto é uma espécie de jogo e que pode servir para ocupar tempos livres, posso concordar e imaginar o apodo do marechal Carmona, mas tenho uma extrema dificuldade em entender o lúdico colado a António Botto...

7 comentários:

  1. Respostas
    1. É, na verdade, um bom achado, sugestivo.
      Boa tarde!

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  2. Essa do Botto...E mesmo do Carmona. :(
    Não consigo fazer uma lista destas.
    Bom dia!

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