É minha convicção mais íntima que os ingleses, enquanto europeus, sempre tiveram uma enorme desconfiança em relação ao Continente. O que poderá ajudar a entender muita coisa, actualmente.
A velha Álbion serviu muitas vezes de casa de abrigo ou de recuo a continentais: Garrett, Herculano e Victor Hugo seriam dos primeiros exemplos. Depois, De Gaulle (por causa do nazismo e de Vichy); no intermédio, há que lembrar Monet e Pissarro, para escaparem à guerra franco-prussiana.
Como diz o povo: Gato escaldado, da água fria tem medo.
Os ingleses podem ser estranhos, mas são muito cordiais. E tinham uma classe trabalhadora muito respeitável. Hoje, tudo se alterou. Não sei se a Sra. Tatcher que é responsável por isso, ao dar a machadada nos sindicatos que eram escolas de instrução e civilidade, teria grande orgulho (como inglesa) no lupem em que se tornou essa classe trabalhadora. Só se ela era mais tarada do que eu pensava. Nenhum inglês pode estar orgulhoso daquilo.
ResponderEliminarMiss Tolstoi
Penso que o travestido trabalhista do sr. Blair deu seguimento, pelo menos, noutros planos, à política da inefável senhora. Entendo-os, aos ingleses, na sua desconfiança, em relação ao Continente. Algumas coisas lhes devemos, no passado.
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