quinta-feira, 2 de abril de 2015

Divagações 84


Economista afável e simpático, frontal e realista, acabo de saber que José da Silva Lopes (1932-2015) morreu hoje, no mesmo dia em que Manoel de Oliveira desapareceu do ecrã da vida. Homens de princípios, representantes de uma ética que já não existe e já ninguém recomenda...
O dia parece-me estranho, na sua circunstância de obituário carregado. Ao alto, no céu desta noite morna de Abril, até a Lua cheia parece envolvida num halo verde insólito e inexplicável, que se projecta sobre o rio. E lembro-me de uma greguería de Ramón Gómez de la Serna, a propósito:

A lua é um banco arruinado de metáforas.

4 comentários:

  1. Mas que dia estranho, diz bem...:-(
    Até estou um bocado atordoada. Mas que dia...Duas grandes figuras que partem no mesmo dia.

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  2. Se somarmos Herberto Helder, há pouco mais de uma semana, isto tem sido uma autêntica razia...-((

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  3. Também achei - que dia! - quando li, em nota de rodapé, num noticiário, que Silva Lopes tinha falecido. Gostava bastante dele. Com princípios e sem papas na língua.

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    1. Era um homem de enorme bom senso, que eu gostava de ouvir, porque sabia que ele falava verdade.

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