De modo elíptico, por meio de analogias inatas difíceis de elucidar por completo, há transformações tangíveis na arte que reflectem as da ciência. Mondrian é provavelmente o último dos cartesianos. Os espaços mutantes, múltiplos e provisórios de Klee, os campos de forças e os "organogramas" de Pollock, as pulsações da luz de Rothko, não são simples metáforas do que sucede na lógica das ciências. Fazem também com que o observador aceda ao núcleo axial activo e instável da energia.
George Steiner, in Extraterritorial (pg. 194).
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