domingo, 10 de julho de 2011

A leitura em "zapping"


Usado para caracterizar a constante mudança no visionamento de diferentes canais e programas televisivos, o "zapping" também pode praticar-se ao ouvir música e, talvez mais frequentemente, na leitura de livros diferentes. É um hábito ou vício que, nos tempos mais recentes, me começou a inquietar e, no último mês, me levou a disciplinar, um pouco mais, as leituras, tentando levá-las a eito, uma a uma. Com alguns resultados práticos: acabei de ler 3 livros (até aí, a meio), um dos quais já andava comigo há mais de um ano...
Pese a vergonha (?) como compromisso escrito porque, mesmo assim, aqui vai a lista cronológica (pela data de início de leitura encetada e não acabada) dos livros que ainda ando a ler, em simultâneo:
1. "La cour des ducs de Bourgogne" (Payot, Paris, 1946), de O. Cartellieri.
2. "Rimas, Leyendas y Narraciones" (Editorial Porrúa, México, 1981), de Gustavo Adolfo Bécquer.
3. "Palmeiras Bravas" (Portugália Editora, 1963), de William Faulkner (tradução de Jorge de Sena).
4. "A Intrusa" (Editorial Minerva, 1968), de William Irish (tradução de Baptista de Carvalho).
Creio que será este último, se a disciplina se mantiver, o primeiro que  acabarei de ler...

3 comentários:

  1. Destes livros só li o Faulkner, há muitos anos, numa epoca em que li muitos americanos e ingleses. Acho que não foi nesta edição, mas fui à procura e vi que não tenho nenhum livro deste escritor. Deviam ser 'lá de casa'. Do tempo em que quando eu gostava de um livro de um escritor, lia tudo o que havia dele, 'lá em casa', de seguida.
    Lembro-me de uma vez que estava doente (no tempo em que tínhamos uma gripe e ficávamos em casa - e muito bem para não andar a contagiar os outros). Resolvi ir ler um livro do Teixeira Gomes, acho que Sabina Freire (tinha visto uns dias antes a peça no Trindade). Gostei tanto que fui buscar os livros todos dele, deixando a prateleira vazia. O meu pai, quando chegou, viu a prateleira vazia (era mesmo em frente a porta, à altura dos olhos) e perguntou. «- Onde está o Teixeira Gomes?» Estava numas pilhas no meu quarto, a ser devorado.

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  2. Também leio vários livros ao mesmo tempo. Talvez faça um post no Prosimetron.

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  3. Obrigado, MR, pelo seu vivo comentário de que gostei muito. Para mim, o Teixeira Gomes foi uma descoberta tardia, depois dos 30 anos. Mas sou, hoje, um incondicional da sua prosa enxuta e límpida, de claridade meridional, em contraste com o setentrional Raul Brandão, de que também gosto, aliás vimaranense de adopção. E não fosse T. G. do signo dos Gémeos...

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