Dentro de 11 dias passará mais um ano sobre a morte (8 de Agosto), aos 45 anos, de Ruy Belo (1933-1978). Sozinho, em Queluz, numa zona incaracterística de betão profuso, mas que dá pelo nome bíblico de Monte Abraão. Tal como a sua poesia, singularíssima e original, batia ao hausto longo de ressonância bíblica. Ontem, estive a reler o seu "Na senda da Poesia" (1969) e, no prefácio, ele fala com autenticidade dos gostos e amores perdidos de juventude. Vou passar-lhe a palavra:
"...Não escreveríamos hoje o ingénuo estudo sobre Sebastião da Gama nem a crónica jornalística sobre a poesia italiana, apesar de não deixarmos de sentir alguma saudade de um entusiasmo que passou e talvez não volte mais. ..."
Quem escreve deve ter sempre esse sentimento.
ResponderEliminarO sentido crítico vai aumentando e a generosidade, diminuindo, com os anos.
ResponderEliminarGosto muito de Ruy Belo.
ResponderEliminarÉ bom que o sentido crítico aumente.
Felizmente.
ResponderEliminarPena é que R. B. seja tão pouco lembrado.