Proliferam, como em 1983-85 as vi proliferar. Parecem "franchisadas", estas pequenas lojas, opacas de fora, cujo interior não se vislumbra das ruas, mas têm letreiros espampanantes no exterior, a dizer: "Compro e vendo ouro", ou reclamos ainda mais apelativos para quem precisa. São as novas oportunidades dos tempos de crise: começam a aparecer os abutres sobrevoando os corpos enfraquecidos, as hienas principiam a chegar. E estas novas lojas, que já não se chamam de Penhores, nascem da noite para o dia, como cogumelos, para se aproveitarem da fraqueza social dos mais débeis. Como a indústria de armamento se alimenta e ganha com as guerras, como os sucateiros lucram com o fim das guerras e a paz sequente, comprando a preços de saldo os metais sobrantes, assim os usurários, os especuladores e os abutres ganham, sempre, com as crises económicas. São os novos oportunistas. Até vêm a casa...
Ontem, na minha caixa de Correio, tinha o folheto colorido que se mostra na imagem. E no cacifo-estante da publicidade, do prédio, havia dezenas de folhetos coloridos, como este.
Há anos todos os dias tinha um papel semelhante no para-brisas do meu carro.
ResponderEliminarQuanto ao "Compro e vendo ouro" penso mesmo que são "franchisadas" dalgumas mafias. O ouro português é muito bom de modo que tem saído do país aos quilos - segundo se diz.
Foi uma achega preciosa, Miss Tolstoi, até porque "isto" se está a intensificar.
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