quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em louvor do pintassilgo, meu vizinho


Canta-me ao lado, de manhã cedo e à tarde, o pintassilgo, numa selva doméstica próxima, que não é a minha. É, talvez, a única coisa boa, inesperada, de uma vizinhança que eu nunca escolheria. Mas é um pássaro livre: escolheu, simplesmente, o desleixo de uma varanda contígua, imensamente "arborizada". Pousa muita vez no parapeito da minha varanda a leste, quando não está ninguém. Mas já por 2 vezes, habituado como está, lá pousou, comigo recostado, imoto e a ler. São dois segundos, se tanto, até se aperceber que há gente, para levantar voo do parapeito, e fugir, voando. Bem gostaria de o "apprivoiser", no sentido em que a rapozinha de Saint-Exupéry refere. Talvez...

3 comentários:

  1. Um pássaro livre mas, ainda assim, de hábitos... :-)

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  2. Penso que é uma "rotina" alimentar. Procura algumas sementinhas que não encontra na outra varanda.

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