Há um bom par de anos, no Verão, traduzi do francês, alguns poemas dos Carmina Burana, porventura num local não muito longe donde foram escritos por "goliardos" (monges errantes e semi-eruditos que tinham abandonado a Igreja), no século XIII. Não consegui localizar o livro donde retirei as poesias. Vão por isso, assim, pura e simplesmente, sem mais referências.
Nesta roda
não volteiam senão virgens
que não querem namorado
este Verão.
(...)
A floresta ganha claras cores,
e os pássaros cantam alto.
É múltipla a alegria
e a virtude de Maio coroa
o doce desejo. Quem não quer
ser jovem com o tempo belo?
E o preço, senhor Maio,
é troçarmos do Inverno!
(...)
Sou tua, tu és meu,
ou, melhor, amigo fica a saber
que és prisioneiro
do meu coração para sempre:
a chave perdeu-se,
aqui terás de ficar!
Apesar de, de vez em quando, ouvir os Carmina Burana, nunca me detive nas palavras cantadas que até não parecem desengraçadas. Obrigada!
ResponderEliminarFoi um gosto, MR.
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