segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

arte menor (2) : carmina burana


Há um bom par de anos, no Verão, traduzi do francês, alguns poemas dos Carmina Burana, porventura num local não muito longe donde foram escritos por "goliardos" (monges errantes e semi-eruditos que tinham abandonado a Igreja), no século XIII. Não consegui localizar o livro donde retirei as poesias. Vão por isso, assim, pura e simplesmente, sem mais referências.

Nesta roda
não volteiam senão virgens
que não querem namorado
este Verão.
(...)
A floresta ganha claras cores,
e os pássaros cantam alto.
É múltipla a alegria
e a virtude de Maio coroa
o doce desejo. Quem não quer
ser jovem com o tempo belo?
E o preço, senhor Maio,
é troçarmos do Inverno!
(...)
Sou tua, tu és meu,
ou, melhor, amigo fica a saber
que és prisioneiro

do meu coração para sempre:
a chave perdeu-se,
aqui terás de ficar!

2 comentários:

  1. Apesar de, de vez em quando, ouvir os Carmina Burana, nunca me detive nas palavras cantadas que até não parecem desengraçadas. Obrigada!

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