terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Do "Bestiário", de Leonardo da Vinci


Muitos autores escreveram bestiários. Retenho dois, de que gosto particularmente: de Maurice Genevoix (que a propósito do Vairão, até fala de Chaim Soutine, pintor muito da minha preferência) e de Leonardo da Vinci. Na imagem do poste, o quadro de Da Vinci que mais aprecio: "Senhora com um arminho", que está no Museu de Cracóvia (Polónia). O quadro já consta do arquivo do Arpose, mas foi posto há mais de um ano, e é tempo de o recordar. Seguem-se, então, algumas transcrições do "Bestiário" de Leonardo da Vinci:
35. Moderação
O arminho pela sua moderação apenas come uma vez por dia e prefere deixar-se apanhar pelos caçadores a fugir para a sua toca se estiver enlameada, a fim de não macular a sua pureza.
95. Camaleão
Este apanha sempre a cor da coisa onde pousa; por isso, juntamente com os ramos onde pousam, muitas vezes são devorados pelos elefantes.
97. Dos Pressentimentos
O galo não canta se antes por três vezes não bater as asas.
O papagaio, ao deslocar-se pelos ramos, só põe o pé onde antes já pôs o bico.

5 comentários:

  1. Gostei particularmente da do camaleão. :-)

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  2. Lá diz o ditado, MR: "Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele" ..:-)

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  3. camaleão??? é um furão ou uma doninha....kkkk

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  4. Vamos por partes, cara Lane:
    1. a comentadora MR refere-se ao ponto 95, em que Da Vinci refere o camaleão;
    2. nem furão, nem doninha. Como o próprio título do quadro indica, é um arminho.

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