O Homem como sonhador: Falamos do Futuro
...tem de haver uma colina,
alta, certamente, e crepuscular.
Tem que haver alguns pássaros,
tristemente audíveis, todos eles:
uma neblina necessária,
pequenas gotas de chuva:
sim, mas também, enorme,
um ar de satisfação.
Teremos ambos que ser velhos,
e as nossas esposas, evidentemente,
já morreram. Jovens, tragicamente.
E todos os nossos filhos terão ido
para longe, para terras estranhas,
ou, então, nunca terão nascido.
Passamos por uma guerra,
tivemos fome, fomos heróis:
e aqui estamos, agora, muito calmos,
bem alimentados, e sobreviventes.
As colinas são antigas, silentes:
o fumo do cachimbo sobe no ar.
Viemos de muito longe...
Bem irlandês. Gostei.
ResponderEliminarDeste poeta, que também escreveu em irlandês (sobretudo, na fase final da vida), foi um dos poemas, em inglês, de que mais gostei.
ResponderEliminarInfelizmente, não conheço este poeta.
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