Há precisamente 270 anos, nascia em Lisboa, na Calçada de Santo André, Nicolau Tolentino de Almeida que veio a estudar, na juventude, na Universidade de Coimbra, e foi professor de Retórica. Mas foi sobretudo conhecido como poeta. Viria a falecer, solteiro, em 22 de Junho de 1811. Se escreveu "Não peço por ambição,/ Peço por necessidade...", provavelmente, as privações resultaram mais do vício do jogo - que tinha - do que da falta de emprego que sempre lhe proporcionou, em teoria, algum desafogo económico. A vida lisboeta do dia a dia entra na poesia pela sua mão. Os cafés, o bilhar, o jogo, as modas e os costumes sociais. Nesse aspecto, pese embora o registo quase sempre satírico e alguma pedinchice exagerada, Tolentino é bem mais inovador que Correia Garção e restantes árcades da época. Reproduzem-se dois sonetos e o frontespício da 1ª edição das suas obras (1801). Muito embora José Torres, em 1861, tenha feito editar, na Typographia de Castro & Irmão, um conjunto mais completo da obra de Nicolau Tolentino, com ilustrações muito interessantes de Nogueira da Silva.
Caixa do correio - 259
Há 4 horas
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