terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Encadernar


Ao longo da minha vida, não terei mandado encadernar mais do que cerca de 40 livros, mas haverá, com certeza, na minha biblioteca, umas centenas de volumes com encadernações. Algumas delas (poucas) de grande qualidade, e portuguesas. Quase todas adquiridas em alfarrabistas e leilões. A encadernação é uma arte nobre, quando bem executada.
Por outro lado, sendo raras, quaisquer referências, mesmo que indirectas, a Portugal, no TLS, enchem-me de regozijo. A penúltima edição (nº 5837) do jornal literário inglês, para ilustrar uma recensão crítica a um livro de bibliografia sobre encadernações, traz uma imagem com etiquetas de alguns dos mais importantes encadernadores europeus.
Bem no centro, destaca-se o nome de um encadernador português - Frederico d'Almeida. Ainda o vi a trabalhar na sua oficina, à rua António Maria Cardoso, em Lisboa. A oficina fechou, infelizmente, há cerca de 10 anos. O seu lugar foi ocupado por uma Galeria de Arte.

2 comentários:

  1. Também gosto imenso de encadernação. O gosto foi-me passado pelo meu pai, que aprendeu esta arte e a praticou como hobby numa parte dos seus livros. Mas tenho encadernações que não são dele e algumas têm a etiqueta do encadernador. Encontrei, por exemplo, Paulino Ferreira, da Rua da Trindade, A.Férin, da Rua Nova do Almada, mas não sei se tenho alguma coisa de Frederico d'Almeida...
    Achei muito interessante este poste!Tenha um bom dia!

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    1. Obrigado pela sua visita, sempre muito estimada. E ainda bem que gostou. HMJ também encaderna, embora não tenha muito tempo, pelas várias coisas a que se dedica.
      Eu tenho uma belíssima encadernação da 1ª edição da "Clepsydra", de Camilo Pessanha, assinada: Fausto. Da Férin e de Frederico d'Almeida, também, primorosas.
      Um bom dia, para si, cordialmente!

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