Fica no corpo uma curva mais larga
e os cabelos desenham os vestidos,
se chega, sobre as flores, o vento e afaga
as pregas entreabertas dos sentidos,
a clâmide, as nascentes desses braços
que nos trazem a água recolhida
na sombra de um sorriso, os lentos passos
de quem foge do tempo para a vida,
quando outra fonte oculta desprendia
o silêncio, este prado, o amor, o dia...
Fernando Guimarães, in As Mãos Inteiras.
Gosto do F.G., como poeta, tradutor e crítico.
ResponderEliminarParabéns atrasados. :)
Um poeta um pouco esquecido, tal como Echevarria, ambos a Norte. E bons.
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