"...Nós precisamos de silêncio. E isto não são coisas muito profundas. O que é terrível é que se tenham tornado coisas profundas! São coisas evidentes! Estou-me a lembrar de um amigo etnólogo, francês, a trabalhar no Senegal. Acontecia que um dos homens da região onde ele trabalhava no terreno vinha a Paris, batia à porta de casa dele, entrava, sentava-se e parece que ficava cinco horas sem dizer uma palavra. Cinco horas depois, levantava-se e dizia adeus, ia-se embora. É outra maneira de estar. Tinha feito o que era necessário: retomar a amizade, no silêncio... Portanto, estamos a falar de coisas simples e que, de repente se tornam coisas esotéricas..."
José Gil, em entrevista ao "Público" de 10/3/2010
O silêncio!, grande silêncio, às vezes o silêncio intimida.
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