segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Na Tate Britain






Só a partir  dos finais do século XIX e início do XX, a arte africana ganhou estatuto estético e interesse para o coleccionismo privado e museológico, europeus. Sobretudo, creio, pelo seu contributo de influência nalguma parte da obra de Picasso, e de outros artistas. Antes, só parece ter interessado os etnógrafos e de um ponto de vista meramente funcional, como simbologia e actividade de outras civilizações. Mas, mesmo hoje, é vista ainda como uma arte menor, pelo centralismo dos padrões europeus, que exercem um cânone rígido sobre as manifestações artísticas gerais. Está assim um pouco equiparada à arte naïf, à arte popular e outras manifestações folclóricas, que se enquadram num plano estético secundário.

A Tate Britain decidiu, no entanto, inaugurar uma exposição (Artist and Empire) sobre este tema, aberta ao público até 10 de Abril de 2016 - segundo informa o TLS -, em que a arte africana (Nigéria, principalmente) tem um papel  significativo. Embora haja também várias obras de pintores e artistas europeus, naquilo que parece ser uma espécie de nostalgia post-colonial ( ou talvez melhor, post- imperial). Deixámos, para efeitos de ilustração, três esculturas que retratam a imperatriz Victoria, todas elas executadas nas imediações do século XX. Creio que apenas a primeira integra a mostra da Tate.


2 comentários:

  1. Giríssimas estas esculturas da 'Soba' Vitória. (Não sei se há feminino para 'soba'). :-)))

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    1. Também não sei, só me lembro da rainha Ginga..:-)))
      São, realmente, umas esculturas muito catitas...

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