O
saber, virtualmente acessível a todos os interessados, não costuma cair no
regaço dos afortunados sem esforço, rigor e dedicação.
Sucede,
no entanto, que o espectáculo tomou conta da Cultura e da Investigação.
Porventura, por influência de
“sugestivas” capas de livros – de estética duvidosa – a CIÊNCIA, afastando-se
do sentido mais nobre da palavra, também se rendeu a embrulhos “apelativos”, privilegiando o “parecer” em vez do “ser”. Ora,
quando a sugestão e a pressa se sobrepõem à ciência, surgem exemplos como este:
Verifica-se,
todavia, que, na sua Bibliografia das
obras impressas em Portugal no século XVI, Anselmo, no nº 676, não indica
qualquer data de impressão, nem para o Tractado
da spera, nem para a edição do Regimento,
sendo seguido nessa cautela por Armando de Gusmão.
Com
base no seu trabalho, e o registo dos impressos de Germão Galharde, sabiam os
dois bibliógrafos que não havia, na altura e também actualmente, prova
documental que permitisse recuar o início da actividade do impressor francês ao
ano de 1516. Se, no entanto, considerarmos a indicação “[ca 1516]” extensível
ao ano de 1519, encontrar-se-ia um impresso – outro – firmado na sua oficina
tipográfica.
Mas,
como a “pressa é o pior inimigo do bibliógrafo”, aconselha a prudência
observar, atentamente, a produção do impressor Germão Galharde em terras lusas.
Post de HMJ
É o pão nosso de cada dia.
ResponderEliminarPara JAD:
EliminarInfelizmente.
E quem assina o texto? O Prémio Pessoa 2014?
ResponderEliminarPara MR:
Eliminar:) ...