terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Juan Ramón Jiménez, "A la inmensa minoría"



O saber, virtualmente acessível a todos os interessados, não costuma cair no regaço dos afortunados sem esforço, rigor e dedicação.

Sucede, no entanto, que o espectáculo tomou conta da Cultura e da Investigação. Porventura,  por influência de “sugestivas” capas de livros – de estética duvidosa – a CIÊNCIA, afastando-se do sentido mais nobre da palavra, também se rendeu a embrulhos “apelativos”,  privilegiando o “parecer” em vez do “ser”. Ora, quando a sugestão e a pressa se sobrepõem à ciência, surgem exemplos como este:



Verifica-se, todavia, que, na sua Bibliografia das obras impressas em Portugal no século XVI, Anselmo, no nº 676, não indica qualquer data de impressão, nem para o Tractado da spera, nem para a edição do Regimento, sendo seguido nessa cautela por Armando de Gusmão.

Com base no seu trabalho, e o registo dos impressos de Germão Galharde, sabiam os dois bibliógrafos que não havia, na altura e também actualmente, prova documental que permitisse recuar o início da actividade do impressor francês ao ano de 1516. Se, no entanto, considerarmos a indicação “[ca 1516]” extensível ao ano de 1519, encontrar-se-ia um impresso – outro – firmado na sua oficina tipográfica.


Mas, como a “pressa é o pior inimigo do bibliógrafo”, aconselha a prudência observar, atentamente, a produção do impressor Germão Galharde em terras lusas.

Post de HMJ

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