Se, como é costume dizer-se, a felicidade não tem história, a infelicidade faz-se por esquecer, porque nunca nos há-de iluminar os dias do futuro.
Todos os anos, pelo mês de Dezembro, o TLS promove um inquérito junto dos seus colaboradores habituais, dos críticos especializados e de escritores, para que estes elejam os livros do ano, que melhor impressão lhes deixaram, após a leitura. E, de todas as vezes, eu procuro, ansiosa e afanosamente, essas páginas e respostas, a ver se encontro, nessas escolhas, algum autor de língua portuguesa. Não tenho sorte, normalmente, como foi o caso deste ano, embora, no passado, já por duas vezes, José Saramago tivesse sido referido. Mas neste Dezembro de 2014, em que o próprio Patrick Modiano, Nobel recente, é referido por apenas 3 (dos cerca de 60) inquiridos, portugueses é que não havia. Nem sequer brasileiros...
Para minha surpresa, no entanto, na última página do TLS (nº 5826), com esboços de dois retratos, feitos pelo poeta Robert Duncan, falava-se de Alberto de Lacerda (1928-2007), cujos últimos anos de vida, em Londres, foram coalhados de privações, amargura e solidão. Coleccionador compulsivo (de arte, cartazes, pequenos vestígios do passado...), o poeta português, nascido em Moçambique, conheceu, privou e era conhecido de muitos dos mais célebres escritores e artistas ingleses (T. S. Eliot, Edith Sitwell, Evelyn Waugh, Auden...), seus contemporâneos, e possuía abundante correspondência de muitos deles.
Para quem não saiba, grande parte deste espólio de Alberto de Lacerda, graças à intermediação do, também, poeta Luís Amorim de Sousa (1937), encontra-se à guarda da Fundação Mário Soares, na rua de S. Bento. Onde, creio, pode ser consultado.
Para minha surpresa, no entanto, na última página do TLS (nº 5826), com esboços de dois retratos, feitos pelo poeta Robert Duncan, falava-se de Alberto de Lacerda (1928-2007), cujos últimos anos de vida, em Londres, foram coalhados de privações, amargura e solidão. Coleccionador compulsivo (de arte, cartazes, pequenos vestígios do passado...), o poeta português, nascido em Moçambique, conheceu, privou e era conhecido de muitos dos mais célebres escritores e artistas ingleses (T. S. Eliot, Edith Sitwell, Evelyn Waugh, Auden...), seus contemporâneos, e possuía abundante correspondência de muitos deles.
Para quem não saiba, grande parte deste espólio de Alberto de Lacerda, graças à intermediação do, também, poeta Luís Amorim de Sousa (1937), encontra-se à guarda da Fundação Mário Soares, na rua de S. Bento. Onde, creio, pode ser consultado.
Gosto muito do poeta Alberto Lacerda.
ResponderEliminarAlberto de Lacerda. Lá me esquecia do de que lhe era tão caro. :)
ResponderEliminarÉ verdade. Tem dois ou três poemas magníficos, o que, para um Poeta é uma benção milagrosa. Depois, dizia lindamente os poemas dele, o que é coisa rara. E era uma pessoa discreta e simpática - pelo menos, foi a impressão que colhi, quando falei com ele, pela primeira e única vez, na Soc. das Belas Artes, nos anos 90..:-)
EliminarUm bom sábado soalheiro!