domingo, 21 de dezembro de 2014

Divagações 78


As representações religiosas em pintura, da Natividade à Crucificação, de tão vistas e reproduzidas, deixam-me, normalmente, indiferente e não conseguem já despertar-me a mínima emoção ou um qualquer prazer estético. Por outro lado são raros, nessas representações pictóricas, os laivos de originalidade ou de algum pormenor que ultrapasse o estereotipo.
Como aqueles poemas de circunstância de grande parte da pobre poesia portuguesa dos séculos XVII e XVIII, que dizem sempre o mesmo, expressando a banalidade sentimentalesca através dos jargões vazios de uma época de artifícios.
Ainda me agradam um mínimo, no entanto, pela sua rústica simplicidade, algumas pinturas de Giotto (1266?-1337) e de Fra Angelico (1395-1455) sobre o Natal. Daí, este céu azul vazio, de Giotto, povoado de estrelas ingénuas, que escolhi para ilustrar o poste.

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Estamos inteiramente de acordo, Isabel.
      Uma boa noite, também!

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  2. Subscrevo. :)
    Miss Tolstoi

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  3. Também não sou grande apreciadora de pintura religiosa, nem de temas bíblicos. Mas gosto de Giotto e Fra Angelico - imenso! :)

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    1. Na temática, são dos poucos pintores que ainda aprecio...

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