quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mapas, fronteiras, zonas de influência


Os mapas sempre foram uma das formas gráficas de demarcação de poder, mesmo antes, muitas vezes da posse ou exploração efectiva de territórios. O chamado mapa cor-de-rosa foi uma forma que a Grã-Bretanha utilizou para se apossar de uma boa parte de África que, até aí, embora deficientemente explorada, era considerada portuguesa. O czar Pedro, o Grande, Catarina da Rússia e Estaline - este último nos finais da II Grande Guerra - fizeram re-arranjos de fronteiras, nas cartas geográficas, para alargarem as zonas de influência da Rússia, premeditadamente.
Se o séc. XX, sobretudo depois da II Grande Guerra, marcou o começo do fim dos impérios europeus, não é menos verdade que as zonas de influência, do antigo colonizador, se vão continuando a fazer sentir, de uma forma mais subtil e consoante a força bélica e política desses países. Sendo certo que a debilidade portuguesa não tem tido peso na reposição da legalidade na Guiné-Bissau, após o golpe militar, já a recente intervenção da França, no Mali, prova concretamente a zona de influência francesa, em África - embora com o acordo decisivo das Nações Unidas.

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