Pintor discreto mas interveniente, Nikias Skapinakis (1931), português de ascendência grega, autodidacta, com curta frequência da Escola de Belas Artes, tem um lugar cativo e seguro na história de arte portuguesa do século XX.
Retratista notável, nas suas telas de cores alacres, há também lugar para um espaço de temperada melancolia. Mas dêmos-lhe a palavra:
"...Não se trata de um estudo de intenção sociológica mas de um discurso, utilizando a linguagem não discursiva da pintura, sobre alguns aspectos da sociedade portuguesa contemporânea e, mais ambiciosamente, sobre alguns aspectos da situação da mulher no mundo, num espaço e tempo cujas coordenadas reais não são só daqui.
E se um olhar irónico envolve esse tal discurso, convém não esquecer que ironia significa, na sua origem grega, interrogação. Se, todavia, a pintura resulta convincente e disponível para uma comunicação de acordo com a exigência de um público que, em toda a parte, tende a alargar-se, não cabe ao pintor afirmar. ..."
Nota: o quadro, em imagem, retrata as escritoras Natália Correia, Fernanda Botelho e a pianista Maria João Pires. Foi pintado em 1974.
Gosto muito, tanto que até já apareceu no " sítio do costume ".
ResponderEliminarJá tive oportunidade de ver algumas obras em exposições colectivas, aqui e no Centro Cultural de Cascais. Gosto. Esta pintura que aqui colocou não conhecia. Gosto dela.
ResponderEliminarJá coloquei alguma coisa de Nikias Skapinakis (nome complicado!)no meu blogue.
Bom domingo!
Não me lembrava, LB. Mas também esteve para sair o quadro "Botequim"...
ResponderEliminarÉ da ascendência grega do pintor, Isabel. Com obras de que, aliás, gosto imenso.
ResponderEliminarGosto do Nikias.
ResponderEliminarDe todas as fases da pintura dele.
ResponderEliminarPara mim, também é uma obra que subscrevo, inteiramente.
ResponderEliminaronde se encontra a obra de momento???
ResponderEliminarNo C. A. M.. Sabe onde é???
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