A minha trança entrançada
serve de toda a maneira:
de dia serve de gala,
à noite de travesseira.
...
Água do Tejo vai turva
e a da ribeira barrenta;
o amor que não é firme
numa ausência se experimenta.
...
Quando chaparro der nozes
e a nogueira der cortiça,
então é que eu t'hei-de amar
se não me der a preguiça.
...
Os olhos dos namorados
têm um certo não sei quê,
que serve de sobrescrito
à carta que ninguém lê.
...
Nota: as quadras populares são recolhidas do volume "O Ribatejo" (Antologia da Terra Portuguesa, Bertrand), que, por sua vez, tinham sido seleccionadas por Alves Redol, em "Cancioneiro do Ribatejo".
A terceira deve ser do Ribatejo ao sul do Tejo. :)
ResponderEliminarBom dia! (Que convida à preguiça..)
Creio que acertou..:-)
EliminarRedol dá-a como recolhida em Coruche.
Bom dia!