Alto amanheceu, hoje, o cinzento.
Cá por baixo, impacientes na rua e bloqueados talvez, os condutores fazem ouvir a sua pressa, com buzinadelas insistentes. Correrão para onde?
Mera marca do tempo, a que os homens deram número, o último dia do ano traz consigo a ilusória hipótese de um renovo próximo.
E se é certo que pela Natureza vai havendo um verde tenro que prenuncia mudança, ou um retorno, nem sempre, ou nunca ela se instala no corpo e nos seres humanos. Com benevolência, talvez nalguns espíritos se possa fazer sentir. Mais em metáfora do que em verdadeira realidade. E deixemos os propósitos de lado, que são a forma mais pueril do engano.
O processo e progresso físico humano é irreversível. Não no melhor sentido, mas em relação à terra.
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