Não sei por que retoma misteriosa, por que meio de regresso à minha juventude, eu voltei a interessar-me pela poesia, depois de mais de vinte anos após me ter libertado.
Talvez haja em nós uma memória periódica e lenta, mais profunda do que a memória das impressões e dos objectos momentâneos, uma memória ou uma ressonância de nós próprios, de longa duração, que nos leva, e acaba por tornar imprevistos os nossos poderes, as nossas tendências, e até mesmo as nossas esperanças mais antigas.
Paul Valéry, in Variété V (pg. 119).
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