segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Pinacoteca Pessoal 106



Não sendo eu grande apreciador da temática Natureza Morta, em pintura, abro sempre uma ou outra excepção para artistas ou obra singular de pintores cuja técnica e qualidade estética me surpreendem e maravilham.
Destaco hoje dois nomes que atestam a evolução da temática, em Itália. As duas primeiras imagens são da autoria da pintora Giovanna Garzoni (1600-1670), que foi também aguarelista celebrada. As suas obras eram muito disputadas e alcançavam altos preços, pelo menos, enquanto foi viva.
A última tela foi executada por volta de 1700 e é obra de Cristoforo Munari (1667-1720), incluído normalmente na escola do Barroco tardio, notável perfeccionista e considerado um dos maiores pintores de naturezas mortas, em Itália. A obra tentaria expressar os cinco sentidos do corpo humano, sendo que o relógio, dominante, chamava a atenção para a fugacidade da vida.


8 comentários:

  1. Gosto sobretudo da primeira - mas gosto de naturezas mortas e de ouriços. Bom dia!

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    1. Sabia do seu gosto..:-)
      Mas os figos e a carocha também não vão nada mal...
      Bom dia!

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  2. Absolutamente maravilhosas as duas primeiras
    pinturas. Quem consegue pintar assim nunca
    devia desaparecer.

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    1. São realmente fascinantes. Toda a obra de Giovanna Garzoni é de grande qualidade, para mim.

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  3. Gosto da pintura de Giovanna Garzoni. Não conhecia esta com a baratona. :)

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    1. Mas o Munari, embora mais nocturno, também tem obra muito interessante.

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  4. Em concordância com o já dito, aprecio principalmente as duas primeiras imagens, à segunda retiraria apenas a carocha, (ou barata). Não sei se o tema é de uma paisagem italiana, mas o espaço geográfico entre Condeixa e Rabaçal – Penela é (em minha opinião) muito semelhante em vegetação e solo á Toscânia Italiana e curiosamente os figos retratados na imagem existem por aqui em grande quantidade e selvagens, são deliciosos e resistentes, já os apanhei na árvore secos e saborosos.
    Boa continuação, saudações amigas

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    1. Há muita similitude, é certo, bem como a claridade mediterrânica que nos é próxima. Mas também um saber e uma técnica que a afasta da nossa Josefa de Óbidos, profissionalmente, nos resultados.
      Estes figos e até a carocha são muito mais reais e presentes - pese embora não serem portugueses...
      Porque a Giovanna até parece que fez, a determinada altura da vida, também voto de castidade. Mas isso é um pormenor que pouco adianta ao talento de cada um...

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