domingo, 25 de outubro de 2015

Arte urbana ou a Justiça que se demora


Para quem passar pela rua da Escola Politécnica, não passará despercebido, pouco antes do Largo do Rato e ao lado da porta principal da Procuradoria Geral da República, um grande cartaz, artesanal, que todos os dias é actualizado nos seus primeiros números.
De um dos lados, senta-se uma mulher de meia idade e trajar modesto, do outro, um homem entroncado, quase sempre de pé. Da leitura do cartaz depreende-se que clamam por justiça. E 19 anos é muitíssimo tempo, não sei é se o casal terá direito a ela.
Tirando os Sábados e os Domingos, com determinação persistente, o casal monta o seu cenário, todos os dias úteis. Mas é um espectáculo deprimente, por várias razões. A tudo, a etérea e cega Justiça, representada pela instituição PGR, assiste serena. E consente.

agradecimentos a quem, a meu pedido, tirou uma fotografia do cartaz, na Terça-feira passada (21/10/2015).

6 comentários:

  1. Isto é algo incompreensível a que assistimos há anos. E se não é assim, a PGR ou quem de direito tem de afixar ao lado uma explicação para este caso.

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    1. Em grande maioria, esta gentinha da justiça não tem vergonha na cara...

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  2. A mim parece-me que se a PGR consente é porque os queixosos devem ter razão...e se eles continuam a insistir é porque se sentem muito injustiçados.
    Não sei...de qualquer maneira é triste.
    A nossa Justiça anda com a balança muito desafinada.

    Um bom domingo:)

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    1. Também é o que me parece, Isabel.
      O que faz aumentar a escandalosa situação deste espectáculo vergonhoso.
      Bom dia!

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  3. Já os vi porque de vez em quando passo à porta da PGR e acho aquilo o cúmulo. 19 anos??!!
    Mas o homem continua 'morto'?

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    1. Infelizmente, não lhe sei responder, mas já tive vontade de fazer algumas perguntas ao casal que lá permanece...

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