Um número restrito de personagens e páginas (senão, transforma-se em novela), uma certa concisão narrativa, um leitmotiv forte, a tensão musculada das frases, de preferência breves (Hemingway, por exemplo), fazem do conto um caso à parte na prosa literária.
Há contos que são uma aguadilha, outros, um concentrado forte que não medrou para romance, talvez por impaciência do escritor. O remate, como no soneto, terá que ser apropriado e impressivo. Se possível, surpreendente, como num bom policial.
Esse clarão final, que fica na memória, é que nos permite, depois, reconstituir os antecedentes narrativos e recontar o conto a algum amigo nosso, que o não conheça. Muitos desses contos exemplares vieram da pena de Maupassant ou da caneta de Maugham.
E eu já andava com saudades de ler contos. Por isso, ontem, comprei duas antologias, na rua Anchieta, para me regalar e fartar. Ou talvez tivesse sido para funcionar como antídoto à leitura de "Guerra e Paz", de Tolstoi, que é um romance enorme, em 3 volumes. Estes contos são pequenos microcosmos narrativos...para intervalar.
Tb gosto de contos e Maugham é um dos maiores. E Tchekov.
ResponderEliminarHá 2 ou 3 contos geniais de S. Maugham, e os russos, também são muito bons na temática. Estou agora para ler (num dos livros que comprei) um conto de Graham Greene, "Os japoneses invisíveis" (The Invisible Japanese Gentlemen)...
EliminarNão conheço este conto de Graham Greene, mas imagino que deve ser bom.
ResponderEliminarBem escrito (e traduzido), com ironia, mas pouco mais do que isso...
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