domingo, 31 de agosto de 2014

Contos


Um número restrito de personagens e páginas (senão, transforma-se em novela), uma certa concisão narrativa, um leitmotiv forte, a tensão musculada das frases, de preferência breves (Hemingway, por exemplo), fazem do conto um caso à parte na prosa literária.
Há contos que são uma aguadilha, outros, um concentrado forte que não medrou para romance, talvez por impaciência do escritor. O remate, como no soneto, terá que ser apropriado e impressivo. Se possível, surpreendente, como num bom policial.
Esse clarão final, que fica na memória, é que nos permite, depois, reconstituir os antecedentes narrativos e recontar o conto a algum amigo nosso, que o não conheça. Muitos desses contos exemplares vieram da pena de Maupassant ou da caneta de Maugham.
E eu já andava com saudades de ler contos. Por isso, ontem, comprei duas antologias, na rua Anchieta, para me regalar e fartar. Ou talvez tivesse sido para funcionar como antídoto à leitura de "Guerra e Paz", de Tolstoi, que é um romance enorme, em 3 volumes. Estes contos são pequenos microcosmos narrativos...para intervalar.

4 comentários:

  1. Tb gosto de contos e Maugham é um dos maiores. E Tchekov.

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    1. Há 2 ou 3 contos geniais de S. Maugham, e os russos, também são muito bons na temática. Estou agora para ler (num dos livros que comprei) um conto de Graham Greene, "Os japoneses invisíveis" (The Invisible Japanese Gentlemen)...

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  2. Não conheço este conto de Graham Greene, mas imagino que deve ser bom.

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    1. Bem escrito (e traduzido), com ironia, mas pouco mais do que isso...

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