Contentam-se com pouco, embora não dispensem roupa de marca e a última tecnologia. Lêem à pressa, normalmente muito mal e com extrema dificuldade e tédio. Ficam pasmados e de boca aberta, diante de uma imagem mais insólita ou espectacular (para eles...), que registam logo para sua memória (?) futura.
Correm apressados, não sabendo muito bem para onde. São obesos, se não de corpo, pelo menos de espírito. Passam a vida sentados e são devotos, inconscientemente, da fast food. Não fazem comentários nos blogues, porque mal sabem escrever, embora grunham, no feicebuque e nos linquedins, sílabas rasteiras, que os outros semelhantes vão entendendo, à superfície do nada. Não pensam muito, porque isso os cansa, excessivamente. As mães, hipocondríacas, sempre que podem, delapidam o orçamento em revistas róseas e raspadinhas. Mas eles, nem dão por isso. O seu mundo é o seu quarto. E babam-se por imagens escatológicas, que reproduzem até à exaustão (talvez porque achem moderno e de bom tom). Reúnem-se, às vezes, aos magotes, para se conhecerem, em centros comerciais, sem motivo nenhum, para conversa sem jeito, como animais selvagens, em volta de um pequeno charco ou grande lago, pela sede grande de alguma coisa distante e longínqua, de que desconhecem os contornos. Têm uma religiosidade difusa entre Fátima, superstição obscurantista rural e crendice tonitroante de seita americana. Sendo hordas silvestres, podem provocar desacatos inocentes, sem motivo justo. Perdoemos-lhes, porque não sabem o que fazem.
Quem é, quem são?
Dá medo! Muito medo! Dou comigo a ter mais assuntos de conversa com pessoas mais velhas do que eu, que propriamente da minha geração, acredita? Boa tarde!
ResponderEliminarFoi-se chegando aqui de muitas maneiras e por muitas causas. E a educação (ou deseducação tribalista) foi uma delas...
EliminarMedo, não tenho. Mas é uma lástima ver tanta gente assim. Inútil e desprezivelmente nula para a Vida.
E uma boa tarde! Por cá, tem estado bom tempo.
EliminarVerdade. Eu tenho medo pelo futuro. Estas posturas não auguram nada de bom...
ResponderEliminarAproveite o bom tempo! Ultimamente, por cá, tem chovido imenso. Boa tarde!
Não sei, verdadeiramente, quem são, apesar de conhecer algumas pessoas assim. Nem imaginava que existissem enquanto "coletivo".
ResponderEliminarMas acho que está a ser um pouco injusto com o linquedim, cujos utilizadores têm um nível de educação e cultura acima da média e usam a rede para assuntos profissionais.
... um bom domingo, claro, longe dos centros comerciais!
ResponderEliminarUma caracterização (retrato) sucinta, acaba por ter, quase sempre, imperfeições. E, embora eu acredite na especificidade superior do linquedim, em relação ao feicebuque, 5 ou 6 tentativas de me aliciarem (vindas de Espanha), baseadas em mentiras soezes e inverdades grosseiras, não me deixam ter uma opinião lisongeira sobre aquele.
EliminarOs "rolezinhos" no Brasil e o recente encontro maciço e desgovernado no C. C. Vasco da Gama (Lx.) não auguram nada de bom. Como já antes, embora noutros cenários, em França e na Inglaterra, indiciavam mentalidades tribais primitivas e perigosas.
Desejo-lhe também, cordialmente, um bom domingo!