sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Versão (pessoal) de um poema de Ezra Pound (1885-1972)


Sub Mare

É, e não é, mas sinto-me bem agora,
Desde que chegaste até aqui e começaste a cavar à minha volta,
Esta construção feita de rosas de Outono,
Passou a haver, então, esta cor dourada, bem diferente.

E podemos afagar estas coisas tão macias
Como são as algas que chegam até nós e vão embora, submarinas,
Para onde há breves brilhos verdes sob as ondas,
Por entre esses sinais mais antigos do que os nomes que têm,
Estas coisas tão próximas, íntimas, familiares a deus.


Ezra Pound, in Selected Poems (Faber and Faber, 1967).

2 comentários:

  1. Muito belo! Ou será desta tradução?

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    1. Modestamente, direi que é do Pound, o mérito...
      Mas que lhe dei umas "voltinhas", lá isso é verdade..:-)

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