O mar, ameno, aquietou-se.
A tarde, lenta, retinha
o azul, as nuvens. A noite
estava à espera que o dia
se despedisse dos montes
e os montes da despedida.
Que claridade. Só se ouve
parar o mundo. A retina
pára também. Como o longe.
Até que o vagar decida
descer a encosta da noite,
enquanto persiste o dia.
Fernando Echevarría, in
Categorias e outras paisagens (pg. 242).
Este poema é lindo.
ResponderEliminarGosto do Echevarría, embora não o leia nem releia muito.
Bom dia!
É, sim senhor, e o livro é muito bom, muito embora me pareça que ganhava com uma "debulha". Até porque tendo, como tem, 491 poemas, não perderia a densidade que lhe é própria.
EliminarBoa tarde!