terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Aterro


O Aterro, também chamado Grande Aterro ou Aterro da Boa Vista (do nome homónimo da praia fluvial ali existente), foi obra grande da engenharia portuguesa do século XIX, que teve como objectivo principal a construção do novo ou moderno porto de Lisboa, ordenando, humana e artificialmente, a margem direita do Tejo. As obras de conquista de terras ao rio, com pedras da região de Marvila, permitiram, também, a construção da Avenida 24 de Julho.
Dei-me conta, há dias, da diminuta quantidade de autores portugueses que se estudam no ensino secundário, se comparados com os escritores que eu tive de estudar, na minha juventude. Soterrados ficaram, entretanto, os Cancioneiros, medievais e Geral, Sá de Miranda, Francisco Manuel de Melo, grande parte do séc. XVIII, Nobre, Camilo... E a actualização dos nossos dias incorporou mais, e apenas, Pessoa, Sttau e Saramago.
Com esta rasura e aterro, nem sequer se construiu (em jeito de metáfora) nenhuma útil Av. 24 de Julho... E eu bem gostaria de saber porquê? Ou em nome de que alto espírito e intenção.

5 comentários:

  1. Senhora, partem tão tristes...
    Pois, hoje numa assembleia de meia centena de atentos (e menos atentos) ouvintes, ninguém sabia de quem era... e só um já a tinha escutado, na rádio.... Assim vai a cultura universitária.

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  2. Foto gira do local onde hoje está a estação do Cais Sodré.

    Jad,
    E dos profs que ensinam nessa Universidade!? Quantos saberão?

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  3. Uma criatura que está prestes a doutorar-se não achava que essa poesia era do Amato Lusitano?!

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  4. Ah!, pois era...
    E agora que não me consigo lembrar do nome da criatura...a velhice (bem feito!)..:-)

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  5. O Roiz não merecia...Para mim, JAD, está entre os 10 grandes poemas da língua portuguesa.

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