quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Balanço


A colheita nocturna, imaterial, por entre o ruído, a música e o silêncio do dia que está para acabar, nem sempre é inútil, sendo embora escassa.
De hoje, diria que as palavras terão sido poupadas e não excessivas ou dissipadas, para além daquelas que são sempre necessárias ao quotidiano e à sobrevivência, nomeadamente, a burocrática. Gastas, perdulariamente, foram poucas. E um homem não tem assim tantas coisas novas a dizer ao longo de uma vida. Às vezes até parece que já tudo foi dito. E o silêncio é a forma mais sábia de viver, para além das palavras úteis para ir subsistindo, no dia a dia. 
Para além do silêncio, que quebramos tantas vezes para ocupar espaço, só a música tem expressão superlativa. O resto, e em excesso, tem sempre uma tentação redundante de eco ruidoso e inútil. Muitas vezes, para nos ouvirmos.

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