quarta-feira, 30 de outubro de 2013

As palavras de hoje


"...é preciso ir buscar coragem à imaginação."

Rui Tavares, na sua crónica "Por que estamos bloqueados?", no jornal Público, de hoje.

4 comentários:

  1. Sempre muito lúcido e longe da habitual histeria superficial dos nossos intelectuais da praça pública.

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  2. Victor Hugo é frequentemente citado assim:
    "Chose admirable, la poésie d'un peuple est l'élément de son progrès. La quantité de civilisation se mesure à la quantité d'imagination".
    [Les Misérables]

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  3. (Um aparte. Hugo continua assim, de forma menos consensual: "Seulement un peuple civilisateur doit rester un peuple mâle. Corinthe, oui ; Sybaris, non. Qui s'effémine s'abâtardit.")

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  4. Estamos em sintonia, meu caro Artur Costa, Rui Tavares, além de lúcido, é um homem sério e empenhado em causas difíceis - coisa raríssima na geração de intelectuais em que se integra.
    Também estou de acordo na transcrição de V. Hugo (que, honestamente - devo dizê-lo -, conheço mal) que estabelece a dicotomia feminino/masculino (metaforicamente, claro) e que, para os epidérmicos e menos avisados, poderá parecer polémica ou machista - não é.
    Eu creio que é de Maio68 o slogan: "A imaginação ao poder!". Tirando o excesso, é todo um programa. Porque o que tem faltado, nestes últimos 20 a 30 anos, aos estadistas é imaginação. Seguem cartilhas obsoletas e sebentas, são quadrados na pequena magnitude da sua inteligência (?), são cagarolas e medíocres, em suma. E têm pouca experiência de vida, o que só desajuda.
    O último caso flagrante, que prova como isto é transversal e lamentável, foi o tiro no pé do sr. Hollande, ao desautorizar o Valls, no caso da menina Rom-cigana. E, isto em França: que é que pode esperar de franganitos como o Passos, ou da chico-espertice feminina (à Victor Hugo, evidentemente...) dum Portas-Pinóquio?

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