Às vezes, penso que os católicos progressistas (assim chamados, por cá, nos anos 60/70), em Portugal, quase desapareceram, pelo menos, em intervenção cívica e pública. Aliás, como os intelectuais, que maioritariamente se acobertaram no conforto rendoso da neutralidade. Mas também penso que os católicos progressistas romperam noutro mundo. Sul-americano, para ser rigoroso. Embora veja que, por lá, há muita pressa, alguma desatenção - e a seara não está sazonada...
Parece que, na Europa, não se deu muita atenção à última mensagem (de Ano Novo) de Bento XVI. Eu sei que é um papa conservador, mas sabe pensar. As suas palavras vêm na sequência justa e equilibrada do magistério de Leão XIII, e das suas encíclicas sociais. Se como dizem, e muitos querem, convictamente, que a Europa seja um Continente cristão, até do ponto de vista legislativo, não consigo perceber o assobiar para o lado de muitos dos governantes europeus. Partindo do princípio que não sejam iletrados e totalmente incultos (é uma hipótese, apesar de tudo...).
Católicos sim, mas ler o Papa, vamos com Deus! Devem dizer alguns. E não se deve ser mais papista que o Papa. :-))
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