Ele disse: "- Não faça muita força..."
E ela replicou: "- Mas... não estou a fazer força nenhuma!..." - numa voz aparentemente frágil que, ao de leve, denunciava uma vontade intencional dissimulada.
Tudo se passava no domínio mais secreto dos sentidos. Nesse área de silêncio recatado que, normalmente, não dialoga entre os corpos, pela palavra, mas se sente, imperiosa e fatal. Seguramente J. sempre pensou que a estratégia e a iniciativa foram dele. Dolores sabia que não.
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