segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Filatelia X : carimbos numéricos


No início da utilização de selos postais (1 de Julho de 1853), até praticamente 1878, foram usados carimbos numéricos para obliterar os selos das cartas. Cada número correspondia a uma localidade e os carimbos de barras, ou pontos interrompidos assumiram formas diversas: circulares, ovais, losangonais. As barras eram de número variável, desde 3 linhas a 20, e de vária espessura, interrompidas ao centro para dar lugar ao número correspondente à terra de envio do remetente. Há, no entanto, excepções em que os selos foram obliterados, ou por descuido ou falta do numérico, pelo carimbo nominal da localidade. Isto torna os selos, assim carimbados, mais valiosos, devido à raridade do facto.
Na imagem mostram-se carimbos diferentes e de diversa numeração. Os mais frequentes são, obviamente, os de Lisboa (nº 1) e do Porto (nº 52). O segundo selo da primeira linha da imagem (50 reis, de D. Maria II) tem o carimbo 48 que pertence a Angra do Heroísmo (Açores). O menos frequente, do Continente, na imagem é o 141, pertencente à localidade de S. Miguel do Outeiro, no distrito de Viseu. Este selo é também um "repinte" que ocorre quando, na impressão, por falta de rigor, a cor escorre para lá da zona devida.

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