domingo, 15 de março de 2015

Impromptu (14)


Ele há coisas assim. Pequenas, inexplicáveis, com que a gente engraça ou de que se enamora. Estes "Passos Perdidos" (1967), de João de Araújo Correia (falado aqui em 26/11/14, e ontem, 14/3/15), deram-me pano para mangas de pinturesco e uma fresca, rural e agradável atmosfera de leitura. E, a parte que mais me encantou, na sua singeleza sugestiva, vem no final da crónica que o médico e escritor duriense consagrou às termas de Monte Real. Reza assim:
"Monte Real é bonito. Mas, não saúda outro monte. Lá em cima, na minha terra, as montanhas são comadres. Conversam umas com as outras. Começo a ter saudades desse comadrio."
Aqui fica a marcar o dia do fim da leitura de "Passos Perdidos". Que também já me vai deixando saudades.

2 comentários:

  1. Há muitos anos, li uns livros de João de Araújo Correia, de que gostei. Mas não estes Passos perdidos.

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    1. Li-lhe várias crónicas, no passado, e contos.
      Mas, livro impresso foi o primeiro - fiquei alerta, para de futuro...

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