Inspirada numa afirmação certeira
de A. Guerreiro, recordando-nos que é “do otium
que nascem as artes, as letras e as ciências”, acrescentaria também o silêncio.
Se “o otium, como tempo de liberdade,” propicia o encontro com o outro,
tanto na sua versão textual como noutra forma artística, o silêncio acrescenta,
a esse supremo bem do ócio, a condição indispensável para centrar a atenção na
essência – na nossa e na alheia.
Para bom entendedor, bastariam
estas duas categorias para uma formação humana essencial.
Libertavam-se as criaturas dos
ruídos alheios à leitura e ao pensamento e, sobretudo, terminava o rodopio das
actividades permanentes com que a indústria do lazer planeia e preenche os dias
desde tenra idade.
Post de HMJ
Acho que na maioria das vezes, as pessoas só conseguem criar em ambientes silenciosos, mas há outras que precisam de barulho, abstraindo-se dele. Muitos escritores escreviam em cafés.
ResponderEliminarQuanto à indústria do lazer, estamos de acordo.
Bom dia!
Para MR:
EliminarQuanto ao ruído, estava a pensar mais em "Manuais" e nas "pobres perguntas" sobre os textos em vez de proporcionar tempo e espaço para LER determinadas obras.
Boa tarde !