quarta-feira, 11 de março de 2015

Divagações 82


Onde é que se rompe o equilíbrio, ou até onde, não se sendo especialista, um simples admirador ou amador pode reconhecer ou classificar de (boa) estética(mente) uma obra de arte?
Se se pode admitir que o ser humano é o único animal que é sensível ao belo, também é certo que o homem pode ser insensível à obra de arte, sem deixar, no entanto, de possuir qualidades e características humanas.
O reconhecimento humano seria fácil, pelo menos, até finais do século XIX. Enquanto música e pintura, por exemplo, tendiam para uma representação e harmonia que, de imediato, seriam reconhecíveis. Mas, hoje, em que essas artes vão para além da representação do real ou se aproximam da dissonância?
Porque, sendo ainda indispensáveis, a imaginação, o pensamento e a emoção, os três elementos de avaliação da obra de arte, acabam por se transformar em bússolas cegas ou doidas, muitas vezes, nos dias de hoje.

2 comentários:

  1. Gosto deste quadro de um pintor que acho que não conheço.
    Bom dia!

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    1. H. Hogdkin é já octogenário (1932) mas tem umas combinações de cores surpreendentes e muito apelativas.

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