Ele há coisas assim. Pequenas, inexplicáveis, com que a gente engraça ou de que se enamora. Estes "Passos Perdidos" (1967), de João de Araújo Correia (falado aqui em 26/11/14, e ontem, 14/3/15), deram-me pano para mangas de pinturesco e uma fresca, rural e agradável atmosfera de leitura. E, a parte que mais me encantou, na sua singeleza sugestiva, vem no final da crónica que o médico e escritor duriense consagrou às termas de Monte Real. Reza assim:
"Monte Real é bonito. Mas, não saúda outro monte. Lá em cima, na minha terra, as montanhas são comadres. Conversam umas com as outras. Começo a ter saudades desse comadrio."
Aqui fica a marcar o dia do fim da leitura de "Passos Perdidos". Que também já me vai deixando saudades.
Há muitos anos, li uns livros de João de Araújo Correia, de que gostei. Mas não estes Passos perdidos.
ResponderEliminarLi-lhe várias crónicas, no passado, e contos.
EliminarMas, livro impresso foi o primeiro - fiquei alerta, para de futuro...