O quadro, em imagem, conhecido, na Grã-Bretanha, por The Ruskin Madonna (por ter pertencido ao crítico de arte John Ruskin), é atribuído a Andrea del Verrocchio (1435-1488), muito embora alguns especialistas se inclinem para ter sido um trabalho de juventude de Leonardo da Vinci (1452-1519), e terá sido pintado por volta de 1470. Integra, hoje, o acervo da Scottish National Gallery, de Edimburgo (Escócia).
O cenário envolvente antecipa e ilustra o gosto de centrar os temas pictóricos em vestígios de ruínas da Antiguidade, que teve o seu epicentro no século XVIII, princípios do XIX, e cujo exemplo mais conhecido é o retrato de Goethe (de Johann H. W. Tischbein), reclinado, tendo ao fundo os campos de Roma, bem como muitas das paisagens de John Constable (1776-1837).
Dois pormenores simbólicos terão alguma importância na obra The Ruskin Madonna. O templo destruído, que a lenda popularizou e datou do nascimento de Cristo; e o Menino sugando e mordendo o dedo, com ligeiríssimo vestígio de sangue, numa premonição da Crucificação.
Sem comentários:
Enviar um comentário