segunda-feira, 28 de abril de 2014

Pinacoteca Pessoal 76





Há nomes, e alguns que nos foram chegados, que ficam esquecidos, anos e anos. E, quando damos por isso, há uma espécie de remorso, uma fina vergonha que quase nos chega à carne e aos ossos. Pode ser de um amigo que deixou de dar sinal, de um escritor que não publicava há muito, de um artista que parece ter deixado de circular, como referência consensual. Às vezes, podem até ter morrido, e nós não sabermos.

Na minha juventude, eu gostava muito das obras do pintor francês Marcel Gromaire (1892-1971). Talvez pela sua essencialidade geométrica, pela austeridade das suas cores, pela centralidade dos seus motivos sociais, enfim, pela singularidade de não pertencer a escolas, muito embora o expressionismo nórdico e o cubismo andem, subtilmente, pelas suas obras.
Vim hoje pagar a minha dívida a Gromaire, por vários motivos. Em imagem, "La Guerre" (1925) e o quadro de 1936, que tem por título "O Desempregado".

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