Há selos que, pela sua extrema raridade, são considerados míticos e cuja existência, improvável, faz sonhar ou especular a imaginação de qualquer filatelista avançado. É o caso do 3 sk., amarelo, da Suécia, na primeira imagem do poste, de que se conhece apenas 1 exemplar, aparecido em 1885. A taxa foi impressa na cor verde, mas esta única variedade, acidental e inexplicavelmente, surgiu em cor amarela. É inútil dizer que tem um valor incalculável...
A filatelia portuguesa, na sua versão alargada, que abrange as ex-Colónias, tem várias peças raras, embora não únicas, que fariam o júbilo de qualquer filatelista, que as possuísse. Estou a lembrar-me da variante de um selo de Cabo Verde, tipo Coroa, ou de alguns selos, ditos Nativos, da Índia Portuguesa, por exemplo.
Os dois selos portugueses, na segunda imagem deste poste, não sendo únicos, não são, também, nada frequentes e muito raramente aparecem à venda, ou mesmo em colecções avançadas, em exposições filatélicas abertas ao público.
O primeiro dos selos, da emissão não denteada de D. Pedro V (1856-1858), cabelos anelados, 25 réis, corresponde ao nº 13 do catálogo do Ateneu e, se não fosse a anormal perfuração em zig-zag, seria um exemplar banal. Acontece que, uma empresa alemã (Eisenach), de Lisboa, para maior facilidade de separação das estampilhas, para uso da sua correspondência, resolveu usar este processo mecânico original. Que acabou por tornar raros os poucos selos ainda existentes.
O segundo selo, da segunda imagem, da emissão de D. Luís (1870-1876), Fita direita, também da taxa de 25 réis (carmim), tem o nº 40 no catálogo acima referido. Este selo é vulgar nos denteados 12 1/2 e 13 1/2. Menos frequente, aparece com a perfuração 14. Mas, com o denteado 11 ("...é possível que tenha sido feito fora da Casa da Moeda..." - A. H. de Oliveira Marques) poderá considerar-se raro. Este meu exemplar tem, batido, o carimbo 38, correspondente a Sobral de Monte Agraço.
Ambos os selos vieram de Inglaterra, onde os adquiri.
Grão a grão enche a galinha o papo! Assim se vai fazendo uma grande coleção. A cor amarela do selo tem uma explicação. Existem águas mais oy menos ácidas, e por vezes, quando se colocam lá os seLos, para tirar a goma e para os separar do papel suporte, interferem na cor. Já me aconteceu com um D. Luís, verde... ficou amarelo e para não criar uma variedade, deitei o selo fora (para mim era uma falsa variedade).
ResponderEliminarÉ verdade, sobretudo se houver uns tostões para comprar o milho..:-)
EliminarSobre o caso do 3 sk. sueco, amarelo, não será mudança de cor, por causa da cola, na lavagem, porque o Michel e o Yvert reconhecem o selo como autêntico, apesar de ser uma variedade, e única.