quinta-feira, 24 de abril de 2014

Uma fotografia, de vez em quando (36)


Perante este inspirado instantâneo, inserto no jornal Público de hoje, o difícil era escolher a rubrica mais ajustada. Pensei no Adagiário ("Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele."), no Comic Relief, nos Produtos Nacionais... Por delicadeza, para com a sra. ministra, optei por uma rubrica mais inócua.

19 comentários:

  1. Boa tarde, proponho-lhe o seguinte exercício de consciência, se me permite a liberdade, ou seja, com toda a honestidade que seja capaz, aponte ou diga alguma coisa que prove que a senhora ministra é "burra" como a sua imagem sugere que é.

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    1. Vai-me desculpar, mas eu tenho uma extrema dificuldade em tratar assuntos sérios, com anónimos.

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  2. Por acaso tive o cuidado de ir ao seu perfil do blog e não aparece nada que o identifique. O nome "anónimo" ou o nome "APS" valem os dois o mesmo, nada. Existe até uma palavra no dicionário que define esse tipo de coisas, quando alguém coloca nos outros os defeitos que ele próprio também tem. Mas eu não quero ser mal educado ou rude consigo, embora admite que possa estar a ser. Somo apenas dois anónimos a trocar impressões, embora tenha dúvidas se sejam assim tão sérias como se refere.

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  3. Então se apaga um comentário apaga todos. Já percebi que estou a perder o meu tempo com pessoas insignificantes.

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    1. A desatenção ou miopia nunca foi um pecado, a leviandade, talvez.
      Uma leitura atenta das etiquetas, nos postes, permitiria corrigir algumas incorrectas afirmações de quem, porventura, é ligeiro por natureza. Quanto a isto, nada posso fazer...

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  4. Quanto a minha miopia ou falta de conhecimento de como funcionam os blogs confesso que não vejo ser um problema assim tão grave ou leviano. Quanto a ligeireza (sua) como chama de burro a uma pessoa que provavelmente nem conhece, é de certeza de má educação. Confesso que prefiro ser míope de vista a possuir falta de vista intelectual e do respeito pelas outras pessoas. Porque é disso que se trata desde o inicio; a sua má educação.

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    1. Poupe-se ao incómodo de frequentar este Blogue. Olhe que há mais mundos!...

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  5. Mas deixemos de parte a minha miopia e alegada leviandade, ainda não foi capaz de responder ao repto que lhe lancei, o de dizer porque a ministra é burra. E deixe-me fazer um bocadinho de futurologia, não disse nem vai dizer, porque não sabe porque disse que ela é burra. Disse por dizer. Apeteceu-lhe. Como eu o compreendo, nunca passo cartão a este tipo de posts nem aos seus autores, mas hoje olhe, apeteceu-me. Cumprimentos para si.

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  6. Caro também anónimo,

    Em primeiro lugar, a imagem não é do autor do blog, é do «Público», como a prosa refere. Em segundo, nenhum pedaço da dita prosa afirma, ou sequer sugere, que a ministra seja burra (até porque não o é, embora tenha talvez outros defeitos piores, e mais inoportunos, para o cargo que exerce). Diz-se apenas que "Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele". (No caso: quem não quer parecer burro, não tem como melhor política aparecer ao lado de, ou sob, um, ainda que apenas figurado). Não lhe querendo chamar burro a si, dir-lhe-ei, de qualquer modo, que não demonstra aqui particular inteligência...

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  7. Sr. Anónimo 2, espero que não se importe que o chame assim para o diferenciar de mim, o anónimo 1. Primeiro pode-me chamar de burro porque é um elogio não uma ofensa, é que os burros (os genuínos) são animais bastante inteligentes, e possuem a particularidade de serem teimosos, teimosos de não se vergarem aos desmandos dos humanos por os quererem obrigar a trabalhar como escravos. Por isso é que o homem inventou a ideia de que não possuem inteligência, quando comparados com os seus primos cavalos, que ao contrário destes, não obedecem a tudo o que lhes dizem para fazer. Se a sua intenção de por meias palavras me querer chamar de ignorante ou mesmo apelidar de burro, penso que não foi muito feliz. Talvez o Sr. também seja daqueles que se deixa levar pelas aparências. Provavelmente o autor do blog não precisa que o defendam, e provavelmente até deve ter mais que fazer para ligar a isto, mas a sua tentativa de vir em "defesa da sua honra" ficou um pouco aquém, isto por ser muito pueril. Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que se alguém pega numa determinada foto e a coloca num blog é porque está de acordo com aquilo que ela representa, ou, procura disfarçadamente representar, porque a inteligência também é a capacidade para ler o que não está escrito numa frase, mas que está lá. Portanto, esta insistência de querer disfarçar o obvio de má educação desta foto com outra coisa qualquer, será sempre uma perda de tempo. Quem é minimamente inteligente percebe isto, quem não é, ou porque gosta de agradar, ou porque não está habituado a que lhe digam a verdade, continuará a teimar que a foto e a intensão do autor do blog, é tudo menos ofensiva.

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  8. Pois, claro, o seu argumentário é brilhante. Levando-o a sério, teremos então de concluir que se, por exemplo, uma organização de defesa dos animais publica uma imagem de maus tratos "é porque está de acordo com aquilo que ela representa".
    De resto, e para fim de conversa, não vejo por que não possa um autor de um qualquer blog reproduzir, sem fins ofensivos (e, vá de exemplo, humorísticos, como foi aqui o caso: fez rir), uma imagem publicada num jornal. Se está muito ofendido em nome da ministra - foi o Sr. que veio aqui incomodadíssimo em defesa de honras, não fui eu: "Existe até uma palavra no dicionário que define esse tipo de coisas, quando alguém coloca nos outros os defeitos que ele próprio também tem", tem razão, só que é a si que isto se aplica... -, proteste com o «Público». O protesto continuará, como direi, um nadinha ridículo, mas pelo menos vai à fonte.

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  9. De resto, notar que até no adagiário o autor do blog foi bem delicado. Em vez de "Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele", a escolha óbvia, aqui, até pela forma como a ministra olha para o alto, seria "Vozes de burro não chega ao céu". E é nesta imediata leitura evidente que está o brilhantismo, mais a mais espontâneo, da fotografia.

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  10. Sr. Anónimo 2, presumo, seria muito fácil para mim continuar aqui a rebater as suas conclusões sobre o que escrevi, o que me foi respondido de seguida, e por aí adiante, mas repare, eu também tenho mais que fazer. Como lhe disse, por mais teorias que avente para disfarçar a má educação desta publicação, não consegue. Talvez fosse mais nobre e inteligente da sua parte ou do autor desta publicação, admitir que se excedeu. Imagine que eu, que não me conhece de lado nenhum, num blog meu, publicava a foto da sua mãe associada em tom depreciativo a um animal qualquer... deixe-me adivinhar, o seu primeiro pensamento seria - há! que foto mais engraçada sobre a minha mãe! Bem haja senhor anónimo pelo seu bom humor e graça - Sabe, apetece-me manda-lo dar um passeio, a si e a todos aqueles cuja soberba intelectual se acham no direito de achincalhar o nome dos outros, e depois se alguém lhes faz frente, armam-se em vitimas ofendidas. Tenha paciência, não responda mais, sempre que o faz distancia-se ainda mais daquilo a que a gente chama de uma pessoa correta, cortês, educada, e porque não dize-lo, inteligente. Os meus cumprimentos para si.

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  11. A minha mãe não é ministra, não sei se compreende a diferença. Mas, vá lá, temos finalmente explicado o caso.

    Quanto a fazer de vítima por não ter mais nada que fazer, creio que também já estará suficientemente demonstrado a única das três pessoas (não conto a ministra) a quem aqui isso se aplica. Não, não vou responder, esteja descansado. Farei decerto figura de incorrecto, descortês, mal-educado e, sobretudo, pouco inteligente quando comparado consigo. Está bom de ver.

    Os meus cumprimentos para si também

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  12. Não, mais uma vez não percebeu nem é capaz de perceber. Eu, percebi pelas suas palavras que julgou que a ministra é minha mãe. Não é, não é da minha família, nem de sangue, nem de cor política, nem de coisa nenhuma. Para mim qualquer mulher merece respeito. Você é infantil, utiliza as minhas expressões como se fossem suas, faz-me lembrar aquelas crianças malcriadas que repetem o que os outros dizem porque não são capazes de dizer nada seu. Mas vá lá, terminou. Finalmente.

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  13. "Benditos os pobres de espírito". Amen.

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  14. Afinal não terminou. Como disse numa outra intervenção que estava a por um ponto final na conversa. Julguei que tinha terminado. Eu compreendo, o pedantismo sempre associado à má educação e a um julgar-se superior aos demais, leva sempre este tipo de pessoas a querer ter a última palavra, querer ser eles a por um ponto final na conversa. Indícios de se acharem superiores aos outros. Pronto vá, quer a bicicleta, diga lá a última palavra :) e deixe-me adivinhar, vai usar de novo as minhas palavras.

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  15. gosto desta ministra, já propôs uma série de medidas contundentes. Mas não considero que seja ofensa a fotografia.

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    1. Pois seja: gostos não se discutem - há que respeitá-los, democraticamente.

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