Estou em crer que as comemorações excessivamente protocolares e oficiais, pastosamente longas, nos discursos, não ajudam a celebrar uma data e uma acção libertadora que foi juvenil na alegria, e natural na adesão geral à liberdade e à democracia.
Não sendo, à partida, uma prerrogativa inalienável dos capitães de Abril, o seu direito à voz, nas comemorações parlamentares dos 40 anos do 25 de Abril, parece-me absolutamente natural e lógico. Não terá sido igual o entendimento da actual presidente da Assembleia da República que rechaçou a vontade de intervenção oral deles, com a sua voz boçal, glauca e ultramontana, contrapondo um deselegante: "O problema é deles!..."
Nem o banho lustral de Bruxelas, uns anitos, nem a sua alegre e compensadora reforma, ainda quadragenária, terão modificado um pensamento rural cavernícola onde, geneticamente, a democracia nunca terá entrado, nem sequer a luz da diferença...
A Presidente da AR tem umas atitudes (de linguagem e modos), assaz infelizes. E houve quem pensasse que estava ali uma candidata a Belém... :-(
ResponderEliminarLá diz o povo: "Se queres ver o vilão, mete-lhe a vara na mão".
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