segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os trabalhos de tradução


Margaret Jull Costa (1949) é justamente reconhecida, na Inglaterra, pela qualidade das suas traduções, sobretudo do português (Eça, Pessoa, Lobo Antunes, Lídia Jorge...) e do castelhano. Há pouco tempo, foi galardoada com o Oxford-Widenfeld Translation Prize, pela sua versão para a língua inglesa de "A Viagem do Elefante", de José Saramago.
Numa recente recensão crítica no TLS (nº 5770), aborda a sua própria experiência, ao longo dos últimos anos, mas também a de alguns colegas que, com acutilância, definiram as questões principais, as condições necessárias e o perfil de um tradutor rigoroso. Bernard Turle, por exemplo, refere que um tradutor terá de ser, simultâneamente: "um diplomata, actor, tradutor e espião".
Por sua vez, M. J. Costa cita e admira a perspicácia de Simon Leys, outro competente tradutor, que caracteriza a tradução desta forma: "A busca da expressão exacta e natural é a procura por aquilo (texto) que não mais pareça uma mera tradução. Por isso lhe é pedido que dê ao leitor a ilusão de que ele teve acesso ao texto original. O tradutor ideal é um homem invisível."

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