Já os brancos, com o frio e porque se devem beber frescos, se vão reduzindo à sua insignificância arrepiada e passam para a segunda estante da garrafeira, na despensa. A abertura da saison, há dias, foi em tudo modesta, mas bem apaladada: umas iscas de borrego muito bem laminadas, em diagonal, com batatas fritas, que me sugeriram um Grão-Vasco tinto de 2009, que se arredondou na boca, conclusivo, simples, e cumpriu bem a função acompanhante.
Mas, hoje, como tinham sobrado de ontem, três boas postas de pescada em azeite e cebola, com batatinhas no forno, ao invés dum branco ortodoxo, abriu-se, em heresia de propósitos, um monocasta tinto, que também ontem nos tinham oferecido. Já tinha por isso repousado uma noite... Era um Pinot Noir luxemburguês - que o Grão-ducado também faz vinho - da colheita de 2004, com 12,5º, módicos.
Na cor, mais parecia um rosé, de transparente, no seu rubi cansado de anos, mas que não chegara ainda ao castanho da velhice. Mas, de corpo e sabor, estava perfeito. Fazendo jus à sua apregoada longevidade.
Sempre a abrir o apetite. :)
ResponderEliminarNão o fiz por mal..:-)
ResponderEliminarE são tantas as frases bonitas, acerca do vinho, que agora até "matava o bicho", com uma pinga.
ResponderEliminarE, com este frio, não era nada despropositado..:-)
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