O programa da manhã estava decidido, ir ver a exposição
dedicada a Raul Rêgo, na CML, e comprar o catálogo. Assim foi. Pelas dez da
manhã apreciei as fotos, os textos e os objectos, nomeadamente os livros,
sozinha, sem vivalma. Óptimo !
Estava longe de pensar que o resto seria a “apagada e vil
tristeza” que determinados funcionários teimam em exibir nas suas funções
públicas. Começa com uma caminhada de “sísifo” para comprar o catálogo. Não
havendo ninguém na mesa à entrada da exposição, dirigi-me ao gabinete em
frente. Estavam três funcionários e um agente da autoridade. Perguntei pelo
catálogo e recebi a seguinte resposta, deveras esclarecedora: “Pois, a colega
da exposição ainda não chegou. Temos aqui o catálogo, mas não podemos mexer.
Não pode vir noutro dia ?” E o “Senhor Guarda” acrescenta, com o seu tom de
autoridade: “não, não se pode mexer !” Ainda me sugeriram para deixar o
contacto para enviar o catálogo “à cobrança”. A colega da exposição, ao que
parece de um organismo estranho à edilidade, i.e., a Hemeroteca, chegaria às
10.30 ou 11.00 horas ?
A senhora das “Relações Públicas”, que me recebeu, tinha uns
modos algo familiares para com uma estranha e o “Senhor Guarda” estaria,
porventura, melhor no espaço da exposição do que encostado ao balcão a
conversar com os três funcionários.
Para fazer horas, resolvi entrar num espaço, igualmente
acolhedor, ou seja, o Turismo de Lisboa, mesmo ao lado. Ao entrar, estava uma
menina a sair. Em vez de me deixar entrar primeiro, forçou a saída e levei um
raspanete: “Então, tem que me deixar sair primeiro !” Ora toma, para quem acha
já ter idade e estatuto para ser respeitado!
Pouco passava das 11.00 horas quando voltei a entrar nos Paços do Concelho para, finalmente, adquirir o Catálogo. No meio de uma conversa telefónica da
funcionária, recebi o catálogo e paguei, aguardando o fim do dito telefonema
particular para pedir o recibo. Não havia, tive que deixar a identificação para
ser enviado pelo correio (!), porque, segundo a explicação da funcionária,
apenas uma vez por semana o responsável passa recibos.
De resto, foi uma manhã agradável. A Praça do Município, a
exposição, a bela luz de Lisboa com vista para o Tejo e, finalmente, com o
catálogo na mão.
De facto, não gostava de ser “chefe de turma” de semelhante
gente !
Post de HMJ
Parece que a CML tem de ser visitada pelas Finanças. :)
ResponderEliminarPelas Finanças ou pela ASAE.
ResponderEliminarPara MR:
Eliminarou, então, pelo Dr. António Costa, disfarçado!
Desta publicidade é que certos serviços publicos precisam. E não havia livro de "recomendações"? O que acontece a um professor se se atrasa? Quanto à jovem -espero que tenha a desculpa de o ser - também devia ser ensinada...
ResponderEliminarAo General Barata Feyo perguntaram quem tinha precedencia a passar uma porta.
- A patente mais alta.
-E se forem da mesma patente ?
- O mais antigo...
- E se tiverem a mesma antiguidade ?
- Passa depois o que for mais bem educado...
Para sim:
ResponderEliminarAinda pensei num registo no Livro de Reclamações, mas não queria estragar mais a bela manhã.Quanto aos preceitos do General Barata Feyo, julgava - em vão - que preenchia os requisitos para as precedências: condição e idade.
O António Costa nem precisa de se disfarçar. É só fazer umas visitas sem anúncio pelos serviços que tutela. De vez em quando.
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