terça-feira, 19 de novembro de 2013

Recomendado : quarenta e quatro


É um livro muito interessante, abundante em números, quase estatísticos, e que nos dá a saber coisas que, normalmente, andam arredias das nossas leituras habituais.
Publicado, já em 1979, pela Guimarães, este "A Indústria Portuguesa - Subsídios para a sua história", de J. M. Esteves Pereira, lê-se com muito agrado e proveito.
Ficamos, por exemplo, a saber que, na população lisboeta (cerca de 90.000 habitantes), em determinada altura do século XVI, da população activa, exerciam, por profissão, o seguinte número de artífices (seleccionei apenas algumas das profissões):
Negociantes vários - 458
Ourives - 430
Chapeleiros - 206
Taberneiros - 200
Barbeiros - 190
Sapateiros - 119
Médicos e Cirurgiões - 107
Impressores e livreiros - 59
Mestres de leitura e gramática - 41
Fabricantes de botões - 20
Fabricantes de lunetas - 6
Negociantes de cristais - 4
Espingardeiros - 3.

5 comentários:

  1. Mas que livro giro e engraçado! Interessante. Os médicos deviam ter que fazer: 107 para 90 000 pessoas...
    Um número diminuto também de mestres de leitura e gramática, mesmo que os seus alunos fossem só os filhos da Nobreza...E só 200 taberneiros, sempre pensei que fossem mais...

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  2. Havia, realmente, umas desproporções estranhas...Só havia 46 farmaceuticos (apoticários), mas em compensação existiam 150 cantores, que não seriam fadistas, com certeza..:-)

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  3. Os chapeleiros estavam em alta. :)

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  4. E é de se lhes tirar o chapéu..:-)

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